terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Importância da contação de histórias

Gi Germano, contadora de histórias



Hoje irei escrever sobre a importância da contação de histórias, e eu sou uma contadora de histórias! 

Tudo começou com minha mãe, Dona Maurina... Isso mesmo! 

A oralidade presente na rotina dentro de casa! As histórias eram verídicas envolvendo a infância, adolescência, fase adulta e até mesmo o que acontecia durante o dia dela. A forma como ela contava, transformava em hilárias, arrepiantes ou fantásticas histórias. 

Não tínhamos celulares... 
Tínhamos tv... 

E acesso aos livros literários, na época eram vendidas coleções de livros, e as histórias não eram resumidas, como nos dias atuais... Mas, a contação de histórias ganhava dos livros...Rsrsrsrsrsr! 

Suas histórias da infância tratavam das brincadeiras, tempo de escola e muitos acontecimentos que envolviam os irmãos e meus avós: vó Raimunda e vô Aleluia! 
Só de lembrar, sinto vontade de rir... 

E por que isso prendia a minha atenção? Essa realidade não fazia parte da minha realidade... Eram fatos! Brincar na rua... Fazer comida de verdade em mini fogão à lenha criado pelas crianças, caçar sapo, correr de assombração... E assim por diante! 

Entendendo essa dinâmica logo que iniciei na época curso Normal ou Formação de Professor, absorvi a contação de histórias e já nos estágios utilizava a contação como recurso para tocar os corações. 

E para unir a contação com o imaginário vieram as criações dos fantoches que na época eram de papéis ou papelão! Utilizava outros recursos como flanelógrafo, constelação de histórias, caixa de história, varal de história, avental, maquete e cenários móveis... Tudo era ensinado em sala de aula, e tínhamos que executar em casa, assim Dona Maurina também entrava na produção, primeiro porque gostava e segundo filho dela não ia pra escola sem fazer tarefa de casa...Rsrsrsrsrs... 

Na época do Curso Normal, estranho utilizar esse nome, rsrsrsrs... Tínhamos disciplinas que trabalhavam a contação de histórias, estou falando de 40 anos atrás... 

A “normalista” saia apta a ministrar não só as suas aulas como também aprendia a criar seus recursos e utilizá-los em suas aulas, fosse nos momentos pedagógicos como no momento da leitura que envolvia a contação de histórias. 

As técnicas eram muito importantes: utilizar a voz e fazer as expressões, utilizar músicas, sons e assim por diante. Antigamente, a contação de histórias era muito vista em escolas, com o tempo, saiu do ambiente escolar, passou a ser utilizada em festas como aniversários, casamentos, bodas... E nas igrejas... No meu caso na Paróquia São João Batista, nas Missas com crianças aos sábados às 17h. 

As histórias chegaram nas empresas, hospitais, clínicas e outros setores! Outros profissionais começaram a introduzir em seus atendimentos a contação ou uso de livros infantis, compreendendo a sua importância e os benefícios para a saúde emocional, profissional e social. 

Conheci a Biblioterapia, terapia com livros, e logo passei pela formação, com a psicóloga Cristiana Seixas, a pessoa que nasce no dia 18 de abril acaba tendo uma ligação muito forte com a literatura... 

E então, eu Gi Germano, passei por diversas formações sobre contação de histórias, isso mesmo, e sempre que tenho a oportunidade gosto de participar destes cursos. Aqui em nossa cidade, pela Prefeitura fiz duas vezes o curso de Contação de Histórias e o de Sala de Leitura com a Margarida e Maria Georgina (Historiarte), e recomendo... 

Cada pessoa terá o seu jeito para contar... Somos diferentes...! 

Gi Germano 
Contadora de histórias

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